*Recuperação da Beleza da Pele*


A proximidade do inverno é a época propícia para a realização de alguns tipos de procedimentos na pele que não podem receber a exposição solar. O peeling é um desses procedimentos. Trata-se de um processo de esfoliação da pele, em geral do rosto, que exige da pessoa manter a região protegida de raios solares sob pena de ter manchas irreversíveis. O arsenal de produtos para tratamentos estéticos registra crescimento freqüente, mas é importante frisar que não devem ser usados por pessoas não preparadas.
Segundo o dermatologista João Roberto Antonio, professor de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto, as pessoas que buscam a realização do peeling têm por objetivo corrigir cicatrizes de acne, renovar uma pele envelhecida pelo tempo ou precocemente pelo excesso de sol, além de melhorar a aparência e, conseqüentemente a autoimagem.
Ele esclarece ainda que é preciso discutir com o paciente o programa de tratamento, pois são várias sessões de diferentes procedimentos que poderão durar meses. Além disso, a preferência deve ser dada a pacientes sem acne ativa e após os 20 anos de idade. “Nesta fase estão mais amadurecidos para entender os ganhos e riscos de cada procedimento”, diz João Roberto. O especialista explica que estão sempre surgindo novos métodos para aprimorar e diminuir as tão indesejáveis cicatrizes de acne e as marcas do tempo, porém nem sempre são acessíveis à maioria da população devido ao alto custo. Alerta ainda que existem outros fatores a serem avaliados como idade e tempo de existência e localização das cicatrizes antes de se optar pelo peeling. Ele explica que as cicatrizes de acne podem ser estreitas ou largas, rasas ou profundas, deprimidas, elevadas e de formas variadas, por exemplo, crateras, lineares, tipo estilete etc. “A escolha do peeling para essa correção vai depender do tipo de cicatriz, o que varia bastante num mesmo indivíduo”.
Além de rejuvenescer a pele do rosto e clarear manchas, o peeling, que poder ser superficial, médio ou profundo, só deve ser indicado após análise das condições da pele a receber o tratamento. O dermatologista observa que os peelings superficiais e médios são feitos com ácidos como: glicólico, retinóico, salicílico, tricoro-acético (ATA), Jessner e o Fenol. Já o peeling profundo só pode ser realizado com o ácido Fenol, a laser, ou por meio do Coblation. Este tipo de tratamento é mais indicado para pessoas com a pele envelhecida e na faixa dos 50 anos. As contra-indicações mais freqüentes para que a pessoa não se submeta ao peeling, de acordo com Carlos Roberto, são a existência de quelóides, herpes, ter feito uso há menos de seis meses de medicamentos à base de isotretinoína ou com as acnes em atividade. Já o professor João Roberto, da Famerp, avisa que os métodos mais profundos são complementares para o caso das cirurgias das cicatrizes de acne, que consiste em excisar (ou retirar cirurgicamente a lesão), preencher (através das várias técnicas de preenchimento com substâncias orgânicas e inorgânicas), e nivelar (com técnicas de elevação de cicatrizes, dermatoabrasão cirúrgico com lixamento da pele, coblation ou resurfacing com Laser de C02). “Só a partir dessas etapas serão aplicados os peelings químicos”, explica.

Entenda como agem os diversos tipos de Peeling
Peelings superficiais são aqueles que vão da camada externa (visível) até a derme superficial. Peelings médios vão da camada externa (visível) até a dorme média. Peelings profundos vão da camada externa (visível) até a dorme profunda. Dermo-esfolíação também conhecida como peeling químico, é a denominação dada de acordo com a profundidade cutânea alcançada pelo medicamento utilizado. É um método de aplicação em consultório de uma esfoliação química programada para o tratamento tanto das cicatrizes da acne quanto da pele envelhecida. Consiste na esfoliação acelerada da pele provocada pela aplicação de substâncias químicas com fins terapêuticos. Leva a uma coloração avermelhada logo após a aplicação, que evolui para um ressecamento e descamação, normalmente, na primeira semana, atenuando as cicatrizes e repondo novas camadas de pele. Dermo-abrasão cirúrgico, usado para tratar as cicatrizes da acne, requer muita habilidade e treinamento considerável. A técnica consiste na utilização de uma escova com alta rotação que atua nos relevos das cicatrizes, aplainando o que está em níveis diferentes. Deve-se ter o cuidado de não desbastar profundamente a pele. Laser também conhecido como “resurfacing”, é indicado para a correção das cicatrizes residuais da acne. Trata-se de método que abre perspectivas favoráveis, desde que indicado precisamente e bem manuseado por profissional que saiba dominar a aplicação, evolução e possíveis complicações. É imprescindível determinar as características cutâneas do paciente antes do tratamento, a fim de evitar todos os fatores de riscos. Dermatoabrasão é o lixamento manual com lixas diamantadas, também conhecido como peeling mecânico. Coblation é a última palavra em tratamento estético, cuja chegada ao Brasil, aconteceu há dois anos. Através da cauterização controlada da pele promove a recuperação cutânea e, na pele envelhecida, um rejuvenescimento duradouro. As vantagens são de uma boa opção para regiões em que a cirurgia não atua, como as rugas ao redor dos lábios e as finas abaixo dos olhos.

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