CÂNCER DE PELE

A pele é o maior órgão do corpo humano. É dividida em duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. A pele protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções. Ela é também responsável pela regulação da temperatura do corpo, bem como pela reserva de água, vitamina D e gordura.

Embora o câncer de pele seja o tipo de câncer mais freqüente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, quando detectado precocemente este tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura.

As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlcera de Marjolin), genodermatoses e principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol.

O câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Indivíduos de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são os principais indivíduos afetados de câncer de pele. Os negros normalmente têm câncer de pele nas regiões palmares e plantares.

Como a pele é um órgão heterogêneo, esse tipo de câncer pode apresentar neoplasias de diferentes linhagens. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele, o carcinoma epidermóide com 25% dos casos e o melanoma, detectado em 4% dos pacientes. Felizmente o carcinoma basocelular, mais freqüente, é também o menos agressivo. Este tipo e o carcinoma epidermóide são também chamados de câncer de pele não melanoma, enquanto o melanoma e outros tipos, com origem nos melanócitos, são denominados de câncer de pele melanoma.

O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide, também chamados de câncer de pele não melanoma, são os tipos de câncer de pele mais freqüentes (70% e 25%, respectivamente). Porém, apesar das altas taxas de incidência, o câncer de pele não melanoma apresenta altos índices de cura, principalmente devido à facilidade do diagnóstico precoce. Os carcinomas basocelulares são originários da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pêlos, por exemplo. Já os carcinomas epidermóides têm origem no queratinócio da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas.

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o tipo mais grave da doença devido a sua alta probabilidade de matástase.



SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE PELE

O câncer de pele pode aparecer em diversas áreas do corpo, inclusive no couro cabeludo. Vários são os sinais e sintomas que servem de alerta para a possibilidade de alguém apresentar um câncer de pele. São eles:

* Pessoas com histórico pessoal de câncer de pele.
* Pessoas com familiares que já tiveram câncer de pele.
* Pessoas de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos.
* Pessoas com baixa imunidade ou imunidade reduzida por doença ou por medicamentos.
* Pessoas albinas ou portadoras de algumas doenças que predispõem ao câncer de pele.
* Pessoas que já se expuseram ou se expõem ao sol excessivamente,
* Pessoas expostas constantemente a raios X, raios ultravioleta, arsênico, ou outros produtos químicos.
* Pessoas que têm uma grande quantidade de pintas.
* Pessoas que possuem cicatrizes há muito tempo e que apresentam ulcerações freqüentes.

É importante consultar um médico sempre que uma lesão mude o seu comportamento. Por exemplo, uma pinta ou uma mancha de nascença que comece a crescer ou a mudar de cor podem ser sinais de algum tumor na pele.

O câncer de pele pode atingir desde as crianças até os idosos. Esse tumor maligno se divide em dois grupos: o melanoma e o não melanoma. O melanoma é considerado o mais maligno dos tipos de câncer de pele.

Os principais sintomas do câncer de pele são:

* Lesão na pele em formato de nódulo, de cor rósea, avermelhada ou escura, de crescimento lento, mas progressivo;
* Qualquer ferida que não cicatriza em 4 semanas;
* Pinta na pele de crescimento progressivo, que apresente coceira, sangramento freqüente ou mudança nas suas características como: mudança de coloração, de tamanho ou de consistência.
* Qualquer mancha de nascença que mude de cor, espessura, ou tamanho.

O diagnóstico do câncer de pele pode ser feito logo no início que o tumor apareça. O paciente deve fazer uma consulta ao médico quando notar qualquer um dos sinais que apresentamos. Um bom exame físico e os métodos diagnósticos auxiliares como biópsia de pele, dermatoscopia devem ser realizados se for necessário.




CANCER DE PELE MELANOMA

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o tipo mais grave da doença devido a sua alta probabilidade de matástase.

Epidemiologia
A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é baixa. Para 2006, estão previstos 2.710 casos novos em homens e 3.050 casos novos em mulheres, segundo as Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil. As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sul.
O melanoma de pele é menos freqüente do que os outros tumores de pele (basocelulares e de células escamosas), porém sua letalidade é mais elevada. Tem-se observado um expressivo crescimento na incidência deste tumor em populações de cor de pele branca. Quando os melanomas são detectados em estádios iniciais são curáveis.
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do mesmo.
Nos países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos é de 73%, enquanto que, para os países em desenvolvimento, a sobrevida média é de 56%. A média mundial estimada é de 69%.

No caso do carcinoma basocelular, o médico é capaz de identificá-lo no próprio exame físico, ao analisar seu aspecto. Para confirmação de diagnóstico, o procedimento padrão é a biópsia. O dermatologista ou oncologista consegue remover todo o câncer, raspando-o e queimando-o com uma agulha elétrica, isto é, fazendo uma curetagem e uma eletrodessecação ou ainda extirpando o câncer de pele com um bisturi. Raramente, a radioterapia precisa ser utilizada. No caso de tumores recorrentes e de carcinomas basocelulares semelhantes a cicatrizes, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Quando há suspeita de um carcinoma epidermóide, o médico deve realizar uma biópsia para diferenciar este tipo de câncer da pele de outras doenças semelhantes. O carcinoma epidermóide e a doença de Bowen são tratados através da remoção do tumor utilizando os mesmos métodos apresentados para tratamento do carcinoma basocelular.

Quando existe uma suspeita de melanoma, o médico realiza uma biópsia. Os tumores pequenos são totalmente removidos, mas apenas uma pequena parte dos tumores maiores é removida. Nos dois casos, é feito um exame do tecido ao microscópio para determinar se é ou não um melanoma. A cirurgia é o melhor recurso para remover totalmente um melanoma. Se o câncer de pele melanoma ainda não produziu metástases, a chance de cura é altíssima.

Fatores de Risco
Os fatores de risco, em ordem de importância, são: sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), pele clara, exposição excessiva ao sol, história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas).

Prevenção
Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado é necessária a utilização de proteção como chapéu, guarda-sol, óculos escuro e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.

Sintomas
O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.
Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares.

Diagnóstico
A coloração pode variar do castanho-claro passando por vários matizes chegando até à cor negra (melanoma típico) ou apresentar área com despigmentação (melanoma com área de regressão espontânea). O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal (superficial), a neoplasia invade a epiderme, podendo atingir ou não a derme papilar superior. No sentido vertical, o seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis.

Tratamento
A cirurgia é o tratamento indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio da doença. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.




CANCER DE PELE NÃO MELANOMA

O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide, também chamados de câncer de pele não melanoma, são os tipos de câncer de pele mais freqüentes (70% e 25%, respectivamente). Porém, apesar das altas taxas de incidência, o câncer de pele não melanoma apresenta altos índices de cura, principalmente devido à facilidade do diagnóstico precoce.
Os carcinomas basocelular são originários da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pêlos, por exemplo. Já os carcinomas epidermóides têm origem no queratinócio da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas.
Indivíduos que trabalham com exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não melanoma. Esse tipo de câncer é mais comum em adultos, com picos de incidência por volta dos 40 anos. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo.
Pessoas de pele clara, que ficam vermelhas com a exposição ao sol, estão mais sujeitas às neoplasias. A maior incidência deste tipo de câncer de pele se dá na região da cabeça e do pescoço, que são justamente os locais de exposição direta aos raios solares.

Epidemiologia
O número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimados para o Brasil em 2006 é de 55.480 casos em homens e de 61.160 em mulheres, de acordo com as Estimativas de Incidência de Câncer. Estes valores correspondem a um risco estimado de 62 casos novos a cada 100 mil homens e 60 para cada 100 mil mulheres.
A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco do câncer de pele. Pessoas que vivem em países tropicais como Brasil e Austrália, país com o maior registro de câncer de pele no mundo, estão mais expostos a esse tipo de doença.
Porém, doenças cutâneas prévias, fatores irritadiços crônicos (úlcera angiodérmica e cicatriz de queimadura) e exposição a fatores químicos como o arsênico, por exemplo, também podem levar ao diagnóstico de câncer de pele. Nestes casos, a doença costuma se manifestar muitos anos depois da exposição contínua aos fatores de risco.

Prevenção
Embora o câncer de pele apresente altos índices de cura, ele também é um dos tipos que mais cresceu em número de diagnósticos nos últimos anos. A melhor maneira de evitar sua manifestação é através da prevenção. A exposição ao sol deve ser evitada no período das 10h às 16h. Mesmo durante o horário adequado é necessária a utilização de proteção adequada como: chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.
O filtro solar ameniza alguns efeitos nocivos do sol, como as queimaduras, dando, portanto uma falsa sensação de segurança. É importante lembrar que os filtros solares protegem dos raios solares, no entanto, eles não têm o objetivo de prolongar o tempo de exposição solar. Todos os filtros solares devem ser repassados a cada 30 minutos de exposição.

Sintomas
Pessoas que apresentam feridas na pele que demorem mais de quatro semanas para cicatrizar, variação na cor de sinais, manchas que coçam, ardem, descamam ou sagram, devem procurar o mais rápido possível ao dermatologista.

Diagnóstico
O câncer de pele não melanoma pode apresentar–se sob dois tipos:
1- O carcinoma basocelular é diagnosticado através de uma lesão (ferida ou nódulo) com uma evolução lenta.
2- O carcinoma epidermóide também surge por meio de uma ferida, porém, que evolui rapidamente e vem acompanhada de secreção e de coceira. A maior gravidade do carcinoma epidermóide é devido à possibilidade que esse tipo de câncer tem de apresentar metástase.


Tratamento
Em ambos os casos, a cirurgia é o tratamento mais indicado. Porém, dependendo da extensão, o carcinoma basocelular pode também ser tratado através de medicamentos tópicos ou radioterapia.
No caso do carcinoma epidermóide, o tratamento usual é feito basicamente através de procedimento cirúrgico e radioterapia.





PREVENÇÃO E FATORES DE RICO DO CÂNCER DE PELE

O câncer de pele ocorre mais comumente em pessoas de pele clara, olhos claros, que se expõem freqüente e prolongadamente ao sol. Se for feito um diagnóstico precoce seguido de tratamento imediato, a maioria dos cânceres de pele pode ser curada. Os tipos mais freqüentes de câncer de pele são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. O melanoma é o tipo de câncer de pele mais raro e também o mais maligno, por ter capacidade de se espalhar. O melanoma pode ocorrer sobre uma pinta já existente ou surgir sobre pele normal. Um dos principais fatores que levam ao surgimento do câncer de pele é a exposição ao sol e à radiação ultravioleta. Os raios solares se tornaram mais perigosos com a destruição da camada de ozônio. Queimaduras de sol, principalmente na infância e adolescência, é a causa mais comumente associada ao melanoma. É muito importante usar protetores solares e evitar a exposição ao sol em horários em que os raios solares incidem mais fortes, isto é, das 10 às 16 horas. Todas as pessoas devem observar o aparecimento de feridas que não cicatrizam, de manchas escuras ou nódulos na pele, ou de alterações em pintas como aumento, modificação da cor, prurido, sangramento.
Alguns desses fatores de risco podem ser alterados, isto é, pode-se modificar a exposição que cada pessoa tem a um determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver o câncer de pele. Existem os fatores de proteção que são aqueles que quando evitados diminuem o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pele.

Evitar a exposição excessiva ao sol da mesma forma que se evita queimaduras solares é a forma mais adequada de prevenir esse tipo de melanoma. Indivíduos de pele clara, que ficam vermelhos quando se expõem ao sol e ainda que não bronzeiam com facilidade, apresentam maior risco de desenvolver qualquer um dos tipos de câncer de pele. O ideal é que essas pessoas procurem um médico, de preferência dermatologista, regularmente para que a sua pele seja examinada. Nesse exame, procuram-se sinais que tenham alguma característica que indiquem que estas lesões possam tornar-se malignas. São casos em que a retirada das lesões é indicada. Peça ao seu médico orientações sobre como fazer um auto-exame de pele, que tipo de lesões precisam ser mais observadas, que alterações a pele pode apresentar e com que freqüência você deve ser procurá-lo para uma consulta.


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